Portal

Existe um segredo

Para entrar em um novo portal

Um lugar desconhecido.

Tão belo e agradável cheio de prazer.

Existe uma chave para abrir este portal

Foram anos de estudo e investimento

Para conseguir adentrar este local

Foi preciso coragem, passar pela dor.

E adentrar este mito da caverna.

Mas valeu a pena encontrar este ouro

Tão puro tão belo, já tenho a posse a chave.

É só abrir a porta e deixar a luz entrar.

Cristina coelho

O Amor

 

Quisera eu encontrar cara a cara com o amor.

Sintonia... afinidade...

Parece ser assim o tal amor...

Delicadeza... cumplicidade...

Tão longe me parece estar este senhor.

Irreal ou natural como será encontrar o amor?

Cristina Coelho

Frases

De um extremo ao outro busco o caminho do meio.

Cristina Coelho

Um Chá

Um chá

Ao entardecer o chá vem trazer a calma

Ao amanhecer o despertar

A noite um leve adormecer...

Pode ser apenas um pretexto

De uma amiga receber...

Jogar conversa fora sem entorpecer.

Serenar quer dizer acalmar

Lucidez, centro, atitude...

Algo que muitos ainda não conseguem entender.

Um momento de ser você mesma sem precisar se esconder

Musicar... filosofar...viajar....

Capim cidreira, hortelã... restinho de menta...

Gosto de quero mais.

Quem sabe me conhecer?

Cristina Coelho

Violetas

Deixo sempre um vasinho com violetas perto do meu tanque...é que gosto de olhar para as flores enquanto lavo as minhas roupas. 

 Cristina coelho

O Tempo

 O Tempo

Existe um tempo para nos descobrirmos...

Antes de isso acontecer, vivemos através dos outros,

Pensamos fazer parte do outro, e uma coisa parecida com sofrimento e gozo se misturam...

Sofremos e gozamos...

Até que um belo dia depois de muito sofrer, descobrimos que o gozo é individual, só nosso. 

 Ai então, descobrimos novas possibilidades de viver em harmonia com outras pessoas,

 Porém, sem perder a individualidade.

 Existe um tempo para se descobrir as coisas.

                                                          Cristina Coelho

Outono

OUTONO

O outono é assim meio calmo e sem graça, traz a mudança do verão tão agitado para dias mais amenos...  é em dias calmos que podemos observar os acontecimentos.

Há uns dias atrás minha filha trouxe uma casinha de passarinho para enfeitar a minha varanda. Casinha pendurada e nada de passarinho, até que um canto muito bonito e diferente invadiu a minha cozinha, corri para ver o que era. Um lindo pássaro cantava na porta da casinha. Fiquei muito feliz com o ilustre morador, que passou dias cantando e trazendo raminhos para seu ninho. Para minha surpresa uma tempestade se formou e arremessou a casinha ao chão, fiquei desolada imaginando que nunca mais veria o pássaro. No dia seguinte coloquei a casinha em outro lugar, e para minha surpresa e felicidade lá estava o digníssimo cantando como nunca e levando raminhos para seu ninho. Pensei com meus botões: “quanta determinação e alegria para uma criatura tão pequenina, que instintivamente sabe das adversidades da vida”. Quisera eu, enfrentar os problemas do dia a dia com tanta desenvoltura. A diferença entre os pássaros e nós os humanos é a nossa falta de flexibilidade para lidar com as mudanças. Estamos sempre esperando da vida só prazer, nada de chuvas e trovoadas... E quando as coisas não são do nosso jeito é o maior chororô...

 O Começo do outono é assim... faz-nos pensar, nos faz observar.

Cristina coelho

A Viagem da Alma: Um Doce

A Viagem da Alma: Um Doce: Um doce A minha poesia é como um doce Quero que você a receba quando estiver achando A vida amarga... Quando a saudade apertar seu pei...

Um Doce

Um doce
A minha poesia é como um doce
Quero que você a receba quando estiver achando
A vida amarga...
Quando a saudade apertar seu peito e te deixar parado sem respirar
Ai ela chega e como bola de chiclete... ploct... te acorda!
Um verso cortante para cortar as amarras do seu sorriso
Um blefe... Para te fazer acreditar,
Que a vida é bela e que a poesia faz parte dela.
Como confeitos coloridos, meus versos devem chegar pouco a pouco.
Deixando um gosto de cereja, um cheiro de infância em você.

Tina Coelho

A Viagem da Alma: Lembranças

A Viagem da Alma: Lembranças: Lembranças... Quando as águas chegaram... Senti frio e medo, não por mim que achava aquilo tudo bonito. Água no pé, barro pra am...

Lembranças

Lembranças...

Quando as águas chegaram...

Senti dor e medo, não por mim que achava aquilo tudo bonito.

Água no pé, barro pra amassar...

Mas um aperto comprimia  meu peito de menina, coração de criança sente...

A tristeza de minha mãe com o  pensamento longe, os olhos marejados, ela dizia...

Ai meu deus! De onde virá o nosso pão?

Não há mais casa pra morar! Nem um só local pra trabalhar!

Onde vou cozinhar? Como vou amassar o pão?

Deitada em seu colo assistia com ela a missa. Ouvindo seu coração bater, sentindo seu cheiro e o compasso de sua  respiração.

Meu sentir menina sabia. Minha mãe... Sofria! Com a inundação... a  chegada das águas e a confirmação de tudo virar represa.

Depois de muita reza ficou decidido. Por ordem do Divino e pela falta de opção, vamos mudar...

Retirantes em cima de caminhão!

Cristina Coelho

Voar

Foi tentando voar que encontrei o equilíbrio.

Cristina Coelho

A Dança

A dança

Eu trago a dança...

Junto a ela a esperança

Prontidão para amar.

Mas como dançar só?

É preciso compartilhar,

Convidar,

Venha dançar comigo!

Traga a boa vontade

Eu levo a paz, juntos

Podemos somar.

E a dança?

...Há a dança em um.

Grande baile vai se transformar.

Cristina coelho

Hê...Hê...mudanças dos tempos.

Hê...Hê...mudanças dos tempos.

Quando eu era criança brincava de pique esconde, casinha e circo. Todos os dias na minha rua, meu pai e minha mãe conversavam no portão com os vizinhos.  Certo dia uma vizinha comprou uma Televisão, todas as noites eu e outras tantas crianças pedíamos licença para assistir Televisão em sua casa, pois ninguém ali possuía uma TV.

 O tempo passou, cresci... namorei e me casei...(risos).

Quando meus filhos eram crianças brincavam de betes, pique pega e amarelinha na rua com outras crianças, e eu conversava com a vizinha. Na minha casa tinha uma Televisão, meus filhos assistiam todas as manhãs a desenhos animados. 

O tempo passou, meus pais faleceram, meus filhos cresceram, e cada qual tem sua casa e suas “TVs”. Eu também tenho minha casa e minhas “TVs”. Meus vizinhos cada qual tem suas “TVs”. Além disso, temos computador internet, face book, twitter, enfim... muito pra entreter. No entanto estamos sós, fechados em casa, com medo de alguém vir nos roubar e levar as nossas “TVs”.

Cristina Coelho