A Menina é magra quase esquelética,
arrasta a chinela e mexe no lixo,
cabelo estorricado, sol do meio dia...
Procura tomates,mexe remexe...cata aqui e ali,
_Tá podre...tá bão! Repete sem ouvir.
Escolhe no lixo, os restos que todos deixam ali.
Mão na cintura, cara cansada, espera a amiga.
_Romilda vêm aqui...tá cheio de tumate bão !
Risos se ouvem, alegria de quem achou e compartilhou.
A menina tem pouco...casa velha, mãe trabalhadeira.
Com dificuldades tem comida na mesa, mas sofre...
Com a fome da amiga e de tanta gente na redondeza.
O lixo fede! Cheiro de podre...
Cheiro de gente...catadora de lixo,
sofrida e descrente !
As meninas correm de mãos dadas, risos soltos,
vão dividir, compartilhar...
Tomates ao lixo... que alguém acaba de jogar !
Cristina coelho
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