Se for
para dar nome aos bois...
Sim!
Sou
poeta!
Sou
poeta se a dita “poesia” pode tirar a minha dor e me alivia.
Sou
poeta se posso acordar no meio da noite e vomitar letrinhas.
Sou
poeta se tenho os olhos cheios de lágrimas quando meu coração se enche de amor
no meio do dia.
Sou
poeta porque não sei escrever... Não sei conjugar os verbos.
Tudo
que apenas sei é aprender a viver.
Sou
poeta quando meu vulcão que muito dorme deseja ardentemente entrar em erupção.
Um
poeta troncho, ranço, manso.
Um poeta
que o doido vive anestesiado, engessado...
Parece
dormir.
Mas que
acorda e conjectura sempre que enxerga uma carreira de letras para deglutir!
Tina
coelho