quarta-feira, 25 de abril de 2012

O prazer


O prazer
O prazer não tem corpo
Não tem raça, nem credo.
Não se sabe se é casado, solteiro...
Viúvo ou desquitado... homem, mulher ou aliado...

Não tem gênero, no entanto,
 Já nasceu punido, Castigado,
 Assassinado e amordaçado.
Nem só de sexo vive esse coitado...

Quando por alguém há muito
 Foi condenado, que devia ser
 Tatuado, cravado, como
Coisa suja e pecado!

 Desfigurado o tal prazer
 Foi destinado...
A mofar nas sacristias
 E morrer encarcerado!

Cristina Coelho




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