Existe uma doida que mora lá em Paraty.
Veste saia rodada, pulseira, fita no cabelo
E anda descalça.
Canta quando é pra calar,
Ri quando é pra chorar.
Nos velórios encomenda as almas,
Com alegria de ver elas partir...
Diz que não tem morte,
Que tudo é continuação, por isso
É preciso viver com o coração.
Assim diz a doida de Paraty !
Dá sempre sua opinião,
Não importa o que vão inquerir.
Conversa com bichos e plantas,
Chama a lua de amiga.
Toda noite faz tricô e come biscoitos.
Já tentaram interna-la, por gostar de
Cantar, dançar, brincar e se divertir...
Mas ela não se entrega !
Grita, xinga, manda o povo sumir.
Diz que já encontrou explicação,
Bem no fundo do seu coração...
É doida !!!....doida !!!
A doida de Paraty !
Cristina Coelho
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